- É, algum problema ?
-Não Não, é que ninguém havia me pedido isso antes – eu olhei pra Gi e ela tava toda sorridente.
-Então ? – ele me olhou com um olhar ansioso
- A Gi trás o livro para o senhor, na próxima aula
- Ah, então está ok, até mais meninas
- Até professor – disse o Gi, eu apenas disse “Até”
- Sua louca, porque você foi falar do livro para o seu professor?
-Ah, é que eu tava com aquele seu texto sobre sua tese de amor – nós rimos, nós demos esse nome ao texto pois eu falava o que eu tava sentindo, e ficou meio que parecido sobre, o que é o amor, daí ficou esse nome – daí ele pediu pra ler, e eu deixei daí ele falou que era muito bom e pediu de quem era daí eu disse que era seu, e sem querer escapou do seu livro
- Ai senhor você me coloca em cada um viu do Gi, ele vai rir da minha cara
- Nada a ver amiga, aquela história é perfeita
- HAHA – dei um risada irônica,- Gi eu escrevi aquilo, quando eu tinha 15 anos, e é de amor entre eu e o Luan, nada a ver isso
- Mas acontece dona Manu, que você desde os quinze vem arrumando essa história, e você sabe melhor do que eu, que na história o nome do cara não é luan e da mocinha não é Manu, você sabe muito bem que o protagonista da história não é famoso, a inspiração pode ter sido sim um sonho seu, de uma história de amor com o Luan, mas a história em si, não se parece a não ser que você conte
- A sei lá... – ela nem me deixou terminar
- Sei lá nada, vamos que o sinal já bateu – então nos despedimos e fomos cada uma para sua sala. Quando entrei na sala vi que o Matheus queria falar comigo, mas não dei muita bola, quando a aula acabou, eu juntei meu material e quando tava saindo da sala alguém puxou meu braço,
- Fala Matheus – eu não precisava nem olhar pra saber que era ele, pude sentir que ele ficou, surpreso. Me virei para olhá-lo e ele abaixou a cabeça, deu um suspiro e disse:
- Desculpa ? – ele falou olhando nos meus olhos, e eu não podia negar que isso mexia um pouco comigo – Por Favor, eu não sabia que seu amor por isso era tão grande, pensei que fosse somente pra passar o tempo
- Ma então porque me julgou heim? Por que não veio pedir pra mim o real motivo de trabalhar na ONG ?
- Você sempre dizia que era porque você fazia o que gostava, que era música, e pintar, não imaginei que você tinha todo esse amor por essas crianças – a sala já estava vazia.
- Ta bom Matheus, ta desculpado – ele me olhou, mas o olhar dele não era alegre.
- Manu, você só me chama de Matheus, quando ta brava ou magoada comigo, então eu não aceito essa história que você me desculpou, vamo sai amanha, pra mim conversa com você certinho, por favor ?
- Ta bom, agora deixa eu ir, depois a gente marca tudo certinho, eu tenho que dormir tenho aula de natação amanhã cedo. – antes que eu desse um passo para trás ele me puxou pelo braço – que ele não havia soltado- nossos corpos se colaram, eu sentia a sua respiração, nosso rosto foi se aproximando- Matheus não-eu disse me desvencilhando de seus braços e saindo da sala.
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